Fios do Tempo busca o insondável. Faz tratados sobre as finitutes da vida. Examina, discute, ilumina. Rende homenagens. A primeira delas a Peter Brook, cuja autobiografia empresta seu título a esse blog. Fernando Pessoa, Pirandello, Tchecov também são alguns mestres que desfilarão suas letras por aqui. E farão companhia à sua lucidez e loucura, poemas, artigos e crônicas de próprio punho. Tentativas inacabadas de aprisionar a eternidade, de revelar fragmentos de mistério da existência humana.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
O julgamento errado de todas as formas;
de todas as coisas obriga-me, agora, a caminhar por paisagens que desconheço e me desagradam.
Tornei-me semelhante ao feno de trigo, que sem escolhas, presta reverência a pesada e gentil mão do vento.
O engano de outrora apenas revelou em mim uma dor que estranhamente fazia-se presente em cada canto de minh'alma, ainda que invisível.
E talvez por deveras estranhada, suprimia ao meu ser respirar, sorver da substância imaterial ao qual chamamos consciência.
Porém, meu coração este ser consciente e livre.
Este ser independente; inclusive de mim, sobreviveu.
Nele, ainda pulso eu.
Nele ainda sobrevivo.
E eu pulso magnificamente, inquestionavelmente uma única palavra.
Uma única dor.
Saudade. Saudade.
Repito eu, sem pressa.
Repito eu cem vezes ao meu coração.
Que já me sente fraco em seu peito,
que sabe que minha felicidade, seu destino e sua vida dependem do meu pulsar.
Saudade, pulso eu,
no ritmo da tua presença.
Saudade. Saudade.
Leonardo Roat
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