terça-feira, 30 de novembro de 2010


É difícil levantar-se e lutar pelo que é certo
e ainda assim sobreviver.
É difícil definir certo e errado
quando toda a objetividade se foi.
Afinal; do primeiro segundo à última nota,
do primeiro beijo à última tentação
nossa habilidade de viver está ligada ao real;
mas a de sobreviver...
ao sonho.
Ao sonho de que aqueles breves momentos de alegria,
de que os pequenos milagres cotidianos
não sejam tão breves assim.
E Eu sonho.
Eu sonho por você, minha Pequena.
Eu sonho pra você aquilo que depois de muito tempo comecei a sonhar pra mim.
Que você perceba que não existe uma pergunta, uma história
e sim várias;
todas na mesma busca no mesmo anseio.
E elas não estão separadas como bem e mal,
real e imaginário.
Todas compõem o mesmo caminho,
como o trajeto de uma lágrima que encontra um sorriso.
Não somos um.
Somos cem, somos mil.
Intangíveis, sem ordem, sem nexo.
Guardamos nos mesmo lugares
lindas canções e sentimentos obscuros.
Mas não se assuste...
não tenha medo Pequena.
Nós somos lindos; 
pois esse emaranhado de coisas é o que nos torna únicos,
é o que nos torna... nós.
Então corra, dance, cante, grite, pule, brigue, ame, chore, ria, invente, imagine, crie... quantas vezes quiser.
Pois tudo dentro e fora de você estará sempre ao seu alcance;
e a vida inteira;
o mundo inteiro são na verdade um grande armazém.
Entre minha Pequena,
Estenda sua mão, escolha na prateleira o que bem desejar,
misture tudo sem ideias pré-concebidas.
Fique à vontade.
Sonhe o que você quiser.
E seja bem vinda!

Leonardo Roat

escrito em 14/09/2007

Um comentário:

Lia Tansini disse...

Lindo, Leo! Adorei! Pura sensibilidade. Parabéns pelo texto.